terça-feira, 27 de maio de 2014

O que os empregadores pesquisam no Google sobre candidatos

O que 80% dos empregadores fazem antes de chamarem um candidato para uma entrevista? Eles usam o Google para encontrar informações sobre o profissional.

Transparência é o que empregadores esperam encontrar sobre um candidato na internet, de acordo com a revista Business Insider. Quando o empregador faz uma busca no Google (e no linkedIn), ele não está atrás de informações negativas sobre o candidato. A intenção é conhecer melhor o profissional antes de selecioná-lo para uma entrevista.

Conheça as quatro coisas que os empregadores procuram descobrir de um candidato ao fazerem uma busca on-line:

Foto do profissional
Sempre que possível, os empregadores querem saber como seus candidatos se parecem. É importante ter uma foto sua em suas redes sociais e site pessoal. Não precisa ser uma foto tirada por um profissional, mas sim uma foto do candidato em vestuário profissional.

Portfólio
Em seguida, empregadores querem conhecer seus trabalhos e realizações. Um portfólio online é uma maneira de expor o que você tem em seu currículo e construir sua credibilidade. Desta forma, empregadores terão uma ideia melhor do que o candidato já realizou e o que pode fazer pela empresa.

Presença online
Empregadores também querem sabem como é a presença online do candidato, bem como suas interações. Pesquisas indicam que 96% dos recrutadores usam o LinkedIn para pesquisar candidatos. Este é um indicativo de que é bom ter um perfil completo nessa rede de relacionamento profissional, além de outras redes sociais.

Seu caráter e comportamento
Qualificações para o emprego não são tudo o que recrutadores procuram. Eles também querem saber como o candidato se encaixa na cultura da empresa. Os empregadores usam a web para avaliar personalidade e comportamento online. Falar mal de empregos anteriores ou de colegas de trabalho pode afastar futuras oportunidades de trabalho.

Fonte: Business Insider

Esqueça a nuvem, o futuro da computação está no nevoeiro

Eu acredito no poder de transformação da computação em nuvem como qualquer outra pessoa. Smartphones, que estão constantemente procurando e obtendo informações, não fazem sentido sem a nuvem, e qualquer empresa que não esteja se esforçando para colocar seus dados e software num sistema terceirizado corre, na minha opinião, o risco de ser ultrapassado por um concorrente que esteja fazendo isso.

Mas os defensores da nuvem gostam de declarar que, um dia, 100% da computação será realizada na nuvem. E o negócio de muitas empresas é vender a você essa ideia.

Mas a realidade é que colocar e retirar dados da nuvem é mais difícil que a maioria dos engenheiros, ou pelo menos seus gerentes, quer admitir.

O problema é a velocidade da comunicação de dados — que em computação é expressa por um parâmetro chamado largura de banda. Se uma determinada empresa está simplesmente tentando economizar o custo e o trabalho de armazenar dados por conta própria, a nuvem é ótima porque tudo o que ela precisa é transferir dados através de uma conexão de alta velocidade.

Mas num mundo de conectividade de massa — em que as pessoas precisam conseguir informação em um leque de dispositivos móveis — a comunicação é bastante lenta. Qualquer empresa que envia dados para dispositivos móveis, seja reservas aéreas para passageiros ou dados comerciais para a equipe de vendas, sofre com as limitações das redes sem fio. No geral, segundo o Fórum Econômico Mundial, os Estados Unidos ocupam o 35º lugar entre 148 países em largura de banda por usuário. (O Brasil ocupa a 61ª posição no relatório do órgão.)

Essa é uma razão pelas quais os aplicativos se tornaram o principal meio de se conectar à internet, pelo menos nos smartphones. Parte das informações e do poder de processamento fica a cargo do dispositivo.

O problema de como fazer as coisas quando se depende da nuvem está se tornando mais grave à medida que cada vez mais objetos estão se tornando “inteligentes”, ou capazes de fazer medições do ambiente, conectar-se com a internet e até receber comandos remotamente. Tudo, de aviões a geladeiras, está sendo conectado à redes sem fio e se unindo à “Internet das Coisas”.

As modernas redes de celulares 3G e 4G simplesmente não são velozes o suficiente para transmitir dados dos dispositivos para a nuvem no ritmo em que eles são gerados, e como cada simples objeto do lar e do trabalho está entrando no jogo, a situação só tende a piorar.

Felizmente, existe uma solução óbvia: parar de se concentrar na nuvem e começar a pensar numa forma de armazenar e processar a torrente de dados gerados pela Internet das Coisas (também conhecida como internet industrial) nas próprias coisas ou em dispositivos que fiquem entre nossas coisas e a internet.

O pessoal de marketing da Cisco já inventou um nome para este fenômeno: “fog computing”, ou computação em nevoeiro.

Eu gosto do termo. Sim, ele faz você querer franzir a testa. Mas, como no caso de computação em nuvem (também um termo cunhado pelo marketing quando já era um fenômeno em evolução), ele é uma boa metáfora visual do que está acontecendo.

Enquanto a nuvem está em algum lugar distante e remoto do céu, deliberadamente abstrato, o nevoeiro está perto do chão, bem onde as coisas estão sendo feitas. Ele não consiste de servidores poderosos, mas de computadores mais fracos e mais dispersos, do tipo que está sendo vendido para aparelhos, fábricas, carros, postes de iluminação e qualquer outra parte de nossa cultura material.

A Cisco vende roteadores, que depois da armazenagem é o menos atraente dos setores tecnológicos. Para torná-lo mais excitante, e para vendê-lo para novos mercados antes que os competidores chineses prejudiquem o seu faturamento, a Cisco quer transformar seus roteadores em sistemas que acumulam dados e tomam decisões sobre o que fazer com eles. Na visão da Cisco, seus roteadores inteligentes nunca irão precisar se ligar com a nuvem, ao menos que tenham que, digamos, alertar operadores para uma emergência em um vagão ferroviário equipado com sensores e onde um destes roteadores atuaria como um centro nervoso.

A IBM está trabalhando numa iniciativa semelhante para levar os sistemas de computação “até a extremidade”, um esforço que, segundo o executivo da IBM Paul Brody, vai virar a internet tradicional, baseada na nuvem, “de cabeça para baixo”.  Quando as pessoas falam de “edge computing” — algo como computação na extremidade — o que elas querem indicar literalmente é a extremidade da rede, a fronteira onde a internet termina e o mundo real começa. Os centros de dados estão no “centro” da rede, enquanto os computadores pessoais, telefones e câmeras de vigilância estão na fronteira.

Da mesma forma que, fisicamente, a nuvem consiste de servidores conectados, no projeto de pesquisa da IBM, o nevoeiro é formado por todos os computadores que estão ao nosso redor, ligados entre si. Num certo nível, pedir para nossos dispositivos inteligentes, por exemplo, enviar informações um para o outro, em vez de através da nuvem, pode transformar o nevoeiro num concorrente direto da nuvem em algumas funções.

A conclusão é que temos dados demais. E estamos só no começo. Os aviões são um bom exemplo. Num novo Boeing 747, quase todas as partes do jato são conectadas à internet, gravando e, em alguns casos, enviando um fluxo contínuo de dados sobre suas condições. A General Electric informou que, em apenas um voo, um de seus motores de avião gerou meio terabyte de dados.

Sensores baratos geram uma grande quantidade de dados e são surpreendentemente úteis. Os sensores chamados de analíticos preditivos permitem a companhias como a GE saber qual parte de um avião precisa de manutenção, antes até do avião em questão aterrissar.

Por que você acha que o Google e o Facebook estão falando sobre meios alternativos de acesso à internet, incluindo via balões e drones? Os canais existentes não estão dando conta do recado. Até que as pessoas tenham internet com e sem fio com a velocidade que merecem, conectar as coisas o mais próximo possível do usuário será fundamental para tornar a Internet das Coisas veloz o suficiente para ser utilizável.

O futuro de grande parte da computação das empresas continua sendo a nuvem, mas e a computação realmente transformadora do futuro? Ela vai acontecer bem aqui, nos objetos que nos cercam — no nevoeiro.

Fonte: artigo de Christopher Mims para The Wall Street Journal

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aplicativo para emissão da NFC-e em tablets é lançado em Manaus

A Samsung e a Secretaria de Fazenda do Amazonas (SEFAZ-AM) apresentam ao mercado o primeiro aplicativo gratuito para a emissão da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) em computadores tipo tablet. O software está em fase final de testes pelo instituto de desenvolvimento tecnológico da multinacional coreana no Polo Industrial de Manaus (PIM), o Sidia, e estará voltado, sobretudo, às 21 mil micro e pequenas empresas com cadastros ativos no Estado.

A primeira demonstração do programa foi feita durante a 3ª Feira do Empreendedor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AM), de 24 a 27/04/2014 no Clube do Trabalhador do Serviço Social da Indústria (SESI), no bairro Aleixo. O programa é totalmente intuitivo e não só permitirá a emissão da nova nota fiscal em uma base móvel, o tablet, mas também auxiliará o micro e pequeno empresário a aperfeiçoar os controles de suas vendas.

O software foi desenvolvido pelo Sidia a partir de uma demanda da SEFAZ-AM, que iniciou a implantação da NFC-e de forma pioneira no País, ainda em 2013. A nova tecnologia de emissão da nota fiscal ao consumidor é totalmente eletrônica e traz vantagens ao contribuinte, ao consumidor e ao fisco estadual. Até janeiro de 2015, todo o comércio varejista de Manaus estará utilizando a NFC-e. Da fase de adesão voluntária à nova sistemática até este mês, 1.367 estabelecimentos já estão emitindo o novo documento fiscal, com um total de 3,8 milhões de NFC-es lançadas no Estado.

O comerciante varejista tem economia por não precisar mais manter ou adquirir um Emissor de Cupom Fiscal (ECF), ao custo entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, da mesma forma que não precisa mais validar os ECFs de sua loja. Basta ter um computador, uma impressora a laser comum e um programa que fará a comunicação das vendas do estabelecimento ao banco de dados da SEFAZ-AM.

“Já o consumidor poderá receber suas notas fiscais em papel ou em meio digital, como preferir, por meio de mensagens de texto, em seu e-mail ou ainda consultar o documento, em qualquer tempo, no portal da NFC-e, no site da SEFAZ-AM. Para isso, é preciso identificar a nota com o número do CPF no ato da compra”, acrescenta o coordenador de implantação da NFC-e no Amazonas, e um dos coordenadores do projeto no País, o auditor fiscal da Sefaz-AM Luiz Dias.

Na avaliação da direção do instituto de tecnologia da Samsung, que utilizou recursos da Lei de Informática para desenvolver o aplicativo, o software vai ao encontro da política da multinacional, que é de promover cidadania aos mercados onde atua. “Quanto melhor o ambiente de negócios onde atuamos, melhor para a sociedade, melhor para o crescimento da empresa. Esse aplicativo atende nossa filosofia, que também é de proporcionar o desenvolvimento sócio e econômico local”, destaca a direção do Sidia.

Para o secretário de Estado da Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo, o aplicativo da Samsung fortalece a política do Estado de investimentos em tecnologia da informação, que tem tornado os controles do fisco mais eficientes ao mesmo tempo em que proporciona facilidades e menos burocracia aos contribuintes. “Esperamos contar com essa parceria em outros projetos, assim como a parceria com a SUFRAMA, que autorizou a aplicação dos recursos da Lei de Informática nesse projeto”, considera.

Na avaliação do superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, a sinergia entre as equipes da Sefaz e do Sidia foi o diferencial que resultou no aplicativo que contribuirá para o desenvolvimento da economia local, com possibilidade de ser utilizado por outros Estados que estão implantando a NFC-e. “Esse é um produto (software) que atende interesses sociais e que irá gerar novas oportunidades de negócios”, avalia o superintendente.

Vantagens do aplicativo

O aplicativo da Samsung para a emissão de NFC-e a partir de tablets é totalmente intuitivo, de fácil operação. Após três meses de desenvolvimento, o produto agora está sendo testado em campo, com o uso de internet 3G, para emissão do documento fiscal de qualquer parte da cidade.

Já a fase piloto, segundo o coordenador de desenvolvimento do software no Sidia, Wallison Coutinho, irá até julho. Nesse estágio, explica ele, o aplicativo será aperfeiçoado para que sua primeira versão seja lançada na loja de aplicativos da Samsung, a Samsung Apps, também em julho. “Vamos aproveitar ao máximo a fase piloto para aperfeiçoarmos o programa”, destaca ele.

O aplicativo também poderá funcionar com internet wi-fi. Mas o mais importante é que caso o comerciante não tenha sinal de internet no ato da venda, esta poderá ser processada e a nota fiscal emitida à SEFAZ-AM até 24h após a efetivação da mesma. É o que a SEFAZ-AM chama de prazo de contingência.

Na prática, o comerciante irá baixar o aplicativo gratuitamente na Samsung Apps para em seguida cadastrar sua empresa e os produtos que comercializa. E para facilitar o envio da NFC-e aos clientes por e-mail, o microempresário também pode cadastrar os endereços eletrônicos no mesmo programa.

Segundo o coordenador de desenvolvimento do aplicativo, um dos maiores desafios para se chegar à solução esperada pela Secretaria de Fazenda do Amazonas foi adequar o software à legislação tributária, assim como garantir que o mesmo trabalhe com a certificação digital dos contribuintes. “Nesse aspecto, a consultoria técnica o apoio técnico dos auditores da SEFAZ-AM foi decisivo”, explica ele, que trabalhou com profissionais de design, de desenvolvimento e de testes, neste ultimo caso, uma contabilista.

Fonte: SEFAZ-AM

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Rio de Janeiro passa a utilizar Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e

Nesta segunda-feira (12/5), o Estado do Rio de Janeiro deu mais um passo para reduzir a burocracia entre consumidores, empresas e fisco e unificar de forma segura o fluxo de dados entre as partes. O governador Luiz Fernando Pezão oficializou a adesão do Estado do Rio ao Programa Nacional da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e durante cerimônia no Palácio Guanabara que reuniu o secretário de Fazenda Renato Villela, o subsecretário de Receita de Fazenda George Santoro e outras autoridades e representantes de associações empresariais e da sociedade.

A NFC-e foi lançada nacionalmente em novembro de 2013 e até agora somente Rio Grande do Sul, Amazonas e o Rio estão colocando em prática o novo modelo. A expectativa é de que até o final deste ano toda federação tenha aderido ao programa. A NFC-e faz a transmissão em tempo real de documentos fiscais para o banco de dados da Secretaria de Estado de Fazenda e o contribuinte pode receber o documento fiscal também via internet nos computadores, tablets e smartphones. A medida dá segurança quanto à validade e autenticidade da transação comercial, assim como praticamente elimina a circulação de papéis impressos em notas e cupons fiscais hoje utilizados, reduzindo custos e desperdício de papel.

A NFC-e é um documento eletrônico (arquivo digital) que substituirá as notas ­ fiscais de venda ao consumidor, modelo 2, e o cupom ­fiscal emitido por emissores de cupons fiscais, os chamados ECF. Preocupada com a diminuição de custos para os contribuintes, a Secretaria de Fazenda - SEFAZ decidiu adotar um programa emissor que poderá ser baixado gratuitamente.

“O programa nos permite ganhar agilidade nos processos que envolvem a Fazenda, os contribuintes e os consumidores. Daremos continuidade ao que estamos fazendo na Secretaria de Fazenda do Rio para que ela seja a melhor do Brasil e cresça cada vez mais em receita. Para isso ampliamos o quadro de auditores fiscais como nunca aconteceu na história dessa pasta, o que permitiu aumentar a arrecadação do Estado”, comentou o governador.

O secretário da SEFAZ Renato Villela ressaltou que o uso da NFC-e permitirá ao consumidor ser o próprio fiscal do pagamento do seu tributo. “O programa promove o fortalecimento da cidadania, uma vez que o consumidor vê que a sua nota está na base de dados da SEFAZ, podendo consultá-la, interagir com a Secretaria e fazer denúncias. Já o governo ganha eficiência na fiscalização e pode utilizar a mão de obra da Receita para trabalhos de inteligência e coordenação”, explicou Villela.

Após ser preenchida e assinada eletronicamente, a NFC-e é transmitida pela internet para a SEFAZ. Em fração de segundos os computadores da Secretaria  verificam a autenticidade do documento e a consistência das informações. Se não houver erro, o contribuinte recebe de volta, em seu programa, o número de Autorização de Uso. A partir desse momento, a NFC-e tem validade e pode acobertar a venda.

“A adesão à NFC-e é uma mudança de paradigma para o Estado e as empresas. Tempos atrás vivíamos uma realidade na SEFAZ totalmente diferente da atual, com poucos fiscais e condições ruins de trabalho. Tudo isso mudou nos últimos anos e é com muita satisfação que hoje anunciamos a utilização desse programa de alta capacidade tecnológica”, reforçou o subsecretario de Receita da SEFAZ, George Santoro.

Para os órgãos públicos, a agilidade na transmissão das notas e a sua informatização auxiliará no controle dos registros fiscais e propiciará a criação de programas governamentais de estímulo à cobrança, pelos contribuintes, da emissão das notas fiscais. Dessa forma, o fisco estadual ajuda no combate à concorrência desleal, que é sempre uma pauta dos empresários, além de facilitar  a vida dos contribuintes e a diminuição de seus custos operacionais e de instalação.

A representante das empresas do varejo no grupo de trabalho que discute a aplicação da NFC-e nos estados Juliana Domingues comemorou a iniciativa. Segundo ela, além da economia proporcionada pelo novo programa emissor, que pode ser baixado gratuitamente da internet, a eliminação de algumas obrigações acessórias e a dispensa de homologação do software pelo fisco são outros benefícios em favor do contribuinte. “No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, os contribuintes gastam 2.600 horas de trabalho por ano para cumprir com 150 obrigações acessórias existentes. Por isso, ações de desburocratização como a NFC-e são importantes”, justificou.

A implantação da NFC-e começará no meio do ano.

Vantagens da NFC-e

A medida também traz outras vantagens para o fisco, empresas e consumidores, entre elas:
• Uso de impressora não fiscal comum térmica ou a laser;
• Simplificação de obrigações acessórias (dispensa de impressão de  Redução Z e Leitura X, Mapa Resumo, Lacres, Revalidação, Comunicação de ocorrências, Cessação etc);
• Dispensa de intervenção técnica;
• Uso de papel comum; não certificado, com menor requisito de tempo de guarda;
• Não há necessidade de autorização prévia do equipamento a ser utilizado;
• Uso de novas tecnologias de mobilidade (smartphone, tablet, notebook e outros);
• Flexibilidade de expansão de pontos de venda, sem necessidade de autorização do Fisco;
• Integração de plataformas de vendas físicas e virtuais.

A implantação da mudança obrigatória a partir do meio deste ano será gradativa para que os contribuintes possam fazer um procedimento paulatino. A expectativa da SEFAZ é que as empresas antecipem por conta própria esse calendário, em função dos benefícios.

Não haverá aplicativo emissor disponibilizado pelo fisco. No entanto, há várias ofertas gratuitas que não necessariamente precisam da indicação do fisco.

Fonte: SEFAZ-RJ

RS usa chip para evitar sonegação em cargas rodoviárias

Um chip acoplado ao caminhão e rastreado por antenas de rádio frequência começa a fazer toda a diferença para flagrar irregularidades fiscais no ingresso de produtos no Estado. O projeto-piloto com a aplicação estreou ontem no posto fiscal em Torres, divisa com Santa Catarina, por onde cruzam diariamente 4 mil veículos de cargas e que respondem por quase metade do volume de mercadorias oriundas de fora do Rio Grande do Sul por meio rodoviário, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Para empresas de transporte, a tecnologia reduzirá as paradas no posto, que podem durar até três horas, se tiver fila, para conferência de notas e cargas.
A Sefaz esclarece que as verificações físicas só ocorrerão se o sistema digital apontar informação divergente ao ler o chip. O Estado é o primeiro a colocar em prática nas áreas de divisa o programa Brasil-ID, com uso da identificação por rádio frequência (RFID). Até a metade do ano, a aplicação deve concluir a fase piloto. Hoje, apenas parte da frota de uma transportadora trafega com o rastreamento feito pelo fisco. A Fazenda espera firmar parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) para popularizar a tecnologia.

O desenvolvimento e a disseminação dessas ferramentas de apoio à fiscalização dos setores de tributação estão previstos no Sistema de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias. O acordo, firmado em 2009, uniu os ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o da Fazenda e unidades da federação. Os chips que trafegam com os veículos e as antenas instaladas em Torres foram financiados por meio de convênio com o MCTI. Segundo o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, o fornecimento faz parte do convênio para efetivar os sistemas e implantar semicondutores (chip) do Brasil-ID.

A demonstração do procedimento foi feita ontem para a cúpula da Secretaria da Fazenda, com a presença do secretário Odir Tonollier, de dirigentes do Setcergs e da TNT, a primeira transportadora a usar o sistema, no posto em Torres. Até a semana passada, a Sefaz considerava a aplicação ainda em teste, que durou 30 dias ao ser experimentado na linha da TNT de São Paulo a Porto Alegre. Pereira espera finalizar a fase piloto até a metade do ano e ampliar a mais empresas e a outros cinco postos fiscais principais entre os 12 existentes – Barracão, Estreito, Igoio-en, Iraí e Vacaria. Para estas novas áreas, devem ser usados recursos do Profisco, bancado pelo Banco Mundial (Bird), para a aquisição das antenas e até videomonitoramento, antecipa Pereira. O investimento pode chegar a R$ 10 milhões. Para o governo, a iniciativa formará corredores eletrônicos de fiscalização.

Rastreamento ocorre da origem ao destino
Pelo sistema, o caminhão começa a ser rastreado desde a origem, quando é abastecido com códigos de todas as notas, até o destino. A medida serve para intensificar a vigilância sobre a utilização de créditos do ICMS, que está prevista na substituição tributária. A Fazenda terá detalhes, como data e hora de verificação e demais identificações. “O sistema indicará se será necessário o motorista parar e descer para alguma verificação. Caso não precise, pode seguir sem interrupção”, ilustra o subsecretário da Receita. “Vai aumentar a correção e o combate a irregularidades”, acredita Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual. “O corredor eletrônico significará mais segurança e agilidade para as empresas e para o fisco”, vislumbra Tonollier, que espera saldo ainda na eficiência do caixa e da economia local.

O uso restrito à TNT atinge volume que representa 25% a 30% do que é transportado pela companhia para o território gaúcho, segundo o gerente regional de vendas, Airton Levi. “O monitoramento já agiliza o transporte, encurtando o tempo de viagem, que hoje é crucial diante da nova legislação para motoristas”, destaca. O executivo aposta que até o fim do ano toda a frota que faz o fluxo diário da companhia, com 40 caminhões para os destinos no Estado, esteja chipada. “A tecnologia será diferencial para quem aderir, e o governo poderá focar o combate da sonegação em quem está fora”, sugere Levi.

“Teremos uma análise do risco da operação ao verificar todos os destinatários e certificar se algum produto pode não ter idoneidade. Quem estiver com tudo certo é enquadrado em baixo risco de sonegação e tem passagem facilitada”, traduz o subsecretário. “Queremos trabalhar para a boa empresa”, arremata.

Fonte: artigo de Patrícia Comunello para o Jornal do Comércio