terça-feira, 4 de novembro de 2014

Nota Fiscal no Celular será Obrigatório no DF a partir de 2016

A partir de 2016, os cupons e as notas fiscais modelo 2, emitidas por estabelecimentos comerciais do Distrito Federal, como padarias, supermercados e lojas de departamento, darão lugar à Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e). Na prática, os tradicionais bloquinhos e máquinas fiscais serão substituídos por nova tecnologia integrada ao sistema da Receita Federal. 

Com a modificação do mecanismo, o comprador final poderá receber os comprovantes via e-mail ou por mensagem de telefone (SMS). Na última sexta-feira, a medida foi regulamentada por uma portaria da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (SEF-DF), que fixou prazos para a alteração por determinados tipos de empresas. Até 2016, proprietários de estabelecimentos do DF podem emitir a NFC-e de forma voluntária. Mas, durante esse período de adequação, será possível o uso das duas formas de emissão, tanto a on-line quanto em papel.

Segundo o gerente de Tributos Indiretos da Secretaria de Fazenda, Márcio Silva Gonçalves, a mudança está centrada em três pilares: o da sustentabilidade, a partir da emissão de menor quantidade de papel; o da fiscalização, com o combate à sonegação de imposto; e o da redução de custos envolvendo a emissão de documentos, uma vez que as empresas não precisarão, por exemplo, gastar com a compra de máquinas de cupom fiscal

“Em um primeiro momento, para o consumidor final, a alteração pode parecer indiferente, pois ele vai continuar recebendo um comprovante. Mas a nota terá um código capaz de ser escaneado pelo celular, em qualquer aplicativo do gênero. A partir disso, ela será direcionada para a página da Secretaria de Fazenda, que poderá ver se aquela nota é válida e se realmente consta na base de dados”, explicou.

Transição

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade do DF (CRC-DF), Sandra Maria Batista, esclarece em que casos como os das clínicas médicas, a obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) foi estabelecida a partir de 01/04/2014. “Desde essa data todas as empresas de serviço emitem esses comprovantes obrigatoriamente para os clientes empresariais. A novidade, agora, é para o consumidor final”, afirmou. “

Essa transição é facultativa para os estabelecimentos até janeiro de 2016. Assim, quem quiser aderir e utilizar já pode. Depois disso, passará a ser obrigatório. Então, o que vai acontecer, na prática, é uma migração dos estabelecimentos de forma voluntária. Em algumas unidades da Federação, como Mato Grosso do Sul e Amazonas, isso já acontece”, detalhou.

O período de obrigatoriedade da NFC-e será gradativo e variável de acordo com o porte do negócio. Para novas empresas e as enquadradas no regime normal de recolhimento de imposto, a emissão eletrônica valerá a partir de 01/01/2016

Já para empresas com receita bruta superior a R$ 1,8 milhão, optantes pelo Simples Nacional, isso acontecerá em julho de 2016 e em janeiro de 2017, será a vez da adesão de empresas com receita bruta superior a R$ 360 mil, também optantes do Simples Nacional. Para que em julho desse mesmo ano se estenda aos demais contribuintes. Os microempreendedores individuais não estão inclusos nessa obrigatoriedade.

As empresas interessadas em fazer a mudança devem se cadastrar no portal da Secretaria de Fazenda do DF. Os interessados em mais informações devem procurar a pasta ou entrar em contato com o atendimento virtual do órgão pelo www.fazenda.df.gov.br.
Fonte: Correio Braziliense

sábado, 11 de outubro de 2014

Projeto estabelece prazo para descarte de prontuários digitalizados

Alguns dispositivos vetados na Lei da Digitalização (Lei nº 12.682/2012), que  entrou em vigor há mais de dois anos sem disciplinar o descarte de documentos originais armazenados em meio eletrônico, ótico ou digital, poderão ser resgatados com o projeto de lei (PLS 167/2014) do senador Roberto Requião (PMDB-PB), em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Ele autoriza profissionais de saúde, clínicas e hospitais a digitalizar todos os documentos reunidos nos prontuários dos pacientes.

Um desses dispositivos é o que permite a destruição dos originais digitalizados, excluindo-se os documentos de valor histórico, cuja preservação deverá seguir as exigências da legislação pertinente. Outro exemplo é o dispositivo que confere o mesmo valor probatório do original aos documentos digitalizados dentro dos critérios da referida lei.

Requião optou por fazer um pequeno ajuste, no entanto, no dispositivo vetado que regulava a eliminação de documentos armazenados em meio eletrônico, ótico ou digital. Assim, estabeleceu a possibilidade de descarte após 20 anos de digitalização dos prontuários médicos. O dispositivo vetado tratava de documentos em geral e vinculava a destruição dos originais ao cumprimento dos respectivos prazos legais de decadência ou prescrição.

Revisão do prazo

Se a Lei da Digitalização silencia sobre a inutilização de originais processados eletronicamente, a Resolução nº 1.821/2007, do Conselho Federal de Medicina (CFM), fixa prazo mínimo de 20 anos — contado do último registro — para preservação de prontuários médicos em papel não arquivados eletronicamente. E determina a guarda permanente dos prontuários armazenados em microfilme e meio ótico ou digital.

Em meio a todas estas circunstâncias, o relator, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), decidiu recomendar a aprovação do PLS 167/2014 com duas emendas. Considerando "demasiado extenso" o prazo de 20 anos para descarte dos prontuários digitalizados, Cícero Lucena propôs este armazenamento por cinco anos, contados da data do último registro de atendimento ao paciente.

"O prazo de cinco anos é suficiente para que o prontuário possa servir de prova para quaisquer pretensões indenizatórias por um suposto erro médico ou de reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço relacionado com a assistência prestada ao paciente", argumenta o relator.

Certificação digital

Além da harmonização dos procedimentos de digitalização de prontuários com a Lei nº 12.682/2012, Cícero Lucena apontou como inovação da proposta a exigência de emissão de certificado digital padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) para descarte dos originais processados eletronicamente.

"O nosso país possui hoje uma Infraestrutura de Chaves Públicas que permite uma forma segura para a assinatura de documentos eletrônicos, com o uso de criptografia e outros mecanismos tecnológicos que asseguram a autenticidade e integridade dos documentos.", afirma Requião na justificação do PLS 167/2014.

A outra emenda do relator estipula prazo de um ano para a eventual lei gerada começar a valer. Depois de passar pela CAS, o projeto seguirá para votação final na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Polo de tecnologia, Canadá quer fazer intercâmbio entre suas startups e as brasileiras

Lar do maior polo de tecnologia do mundo, o Vale do Silício, a Califórnia é conhecida como o estado dourado dos EUA. Ansioso para mostrar que também brilha no campo dos bits e bytes, o vizinho Canadá quer entrar na mira das empresas de tecnologia do Brasil com o intuito de levá-las para uma temporada por lá. Na mão contrária, quer trazer suas startups para cá.

Para cumprir a missão, o Consulado Geral do Canadá, em São Paulo, realiza a partir desta segunda-feira (29) o Tech Week, uma semana para discutir o que é que o Canadá tem a oferecer em tecnologia, inovação e empreendedorismo. O Start.up conversou com Todd Barrett, cônsul comercial de Ontário, a província onde fica a capital do país, Ottawa.

A região também abriga o maior ecossistema de inovação canadense, que reúne 7 mil empresas e se espalha para, além da capital, Toronto, Waterloo, Kitchener e Cambridge. Essas três últimas formam a região de Waterloo, o carro chefe do polo.

Não é só BlackBerry

Como em todo cluster de tecnologia que dá certo, a concentração de empresas ocorreu em torno de uma  universidade, a de Waterloo –okay, não é só isso: há ao todo 44 universidades high tec na província. Mas a Universidade de Waterloo, além de ser uma das maiores do mundo em ciência da computação, possui um sistema de valorização da pesquisa em que a tecnologia criada pelos alunos pertence aos alunos, não à instituição.

Isso permite ao estudante que se empenha em desenvolver soluções sair da sala de aula com sua própria tecnologia debaixo do braço. A partir daí, é um pulo para que a ideia vire empresa. Aliás, mais uma empresa, já que Waterloo fechou o ano de 2013 com cerca de 500 empresas de tecnologia. Isso em uma região com pouco mais de 500 mil habitantes. Segundo Barrett, quase um terço da mão de obra é formada por trabalhadores que criaram suas próprias empresas.

Exemplo dessa dinâmica é a OpenText, a maior companhia de software canadense. Nasceu em 1991 de uma tecnologia usada para indexar o dicionário Oxford, desenvolvida pelos professores Frank Tompa e Gaston Gonnet, e o aluno Tim Bray. Mais tarde, a ferramenta deu origem ao primeiro motor de busca do Yahoo. Hoje, o projeto criado para sustentar pesquisas de termos em um dicionário é um negócio bilionário. Apenas no primeiro semestre de 2014, faturou US$ 1,6 bilhão.

Mas também tem a BlackBerry

Contribui também para a dinâmica da inovação a BlackBerry, que tem sede na região (Soube da última? a fabricante de smartphone lançou um celular quadrado, com tela sensível ao toque e teclado). Empresa de tecnologia que mais investe em pesquisa e desenvolvimento em todo o Canadá e maior empregadora do local, a BlackBerry é um celeiro de futuros donos de startups. Para abrigar tanta empresa iniciante, surge um sem número de incubadoras. A Communitech Hub, entidade que auxilia empreendedores e empresas da região, possuia a sua própria, a Hyperdrive, que até já recebeu startups brasileiras.

Já Toronto, a cidade mais populosa do país, com 6,5 milhões de habitantes, concentra o capital financeiro. Os cinco maiores bancos de lá gastam US$ 10 bilhões com tecnologia. Ou seja, tem muito dinheiro para investir, tanto que, em 2011, Ontário só não recebeu mais aportes do que o Vale do Silício na América do Norte –beijos, Nova York. Além do dinheiro, a cidade é um microcosmo da diversidade cultural de todo o Canadá, pois mais da metade da população da cidade não nasceu no país. A capital Ottawa, por sua vez, reúne as empresas de telecomunicações.

É para esse ecossistema que algumas empresas brasileiras irão em outubro, convidadas pelo governo. Não são startups, no entanto. “São grandes e médias com vários anos de mercado e querendo uma oportunidade de internacionalização”, explica Barrett. Os detalhes da parceria serão detalhados nesta segunda. Do Canadá devem vir as startups. “São maduros, mas não são moleques na garagem tentando criar uma solução pra salvar o mundo”, descreve o cônsul.

Uma das empresas que estarão em São Paulo nesta semana já deu o ar da graça aqui no Start.up. É a Bionym, que trabalha em uma tecnologia para substituir as senhas (do e-mail, do cartão de crédito etc) pelos batimentos cardíacos. Será que a ponte aérea São Paulo-Ottawa vinga?

Fonte: G1

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Brasil é o país que mais terceiriza suas áreas contábil e fiscal

De acordo com a mais recente pesquisa da Grant Thornton sobre outsourcing, termo do inglês que significa terceirização de serviços, o Brasil é o país que mais terceiriza suas áreas contábil e fiscal. Dados do estudo mostram que 53% dos executivos brasileiros têm intenção de terceirizar a área contábil, acima da média mundial (40%). A pesquisa foi realizada com 3.300 líderes empresariais, em 45 países.

Na visão dos empresários brasileiros, os principais motivos para recorrer à terceirização são: redução de custos, aumento na eficiência, acesso a profissionais mais especializados e mitigação de riscos para garantir a perenidade da companhia. Segundo Denis Satolo, sócio da Grant Thornton Brasil responsável pela área, existia uma ideia errada de que terceirização significava perda do controle e de eficiência. "Uma notável consequências do outsourcing é a melhora no controle financeiro. As empresas passam a atuar de forma mais segura e protegida contra as sanções da Lei Anticorrupção, em vigor desde janeiro de 2014".

Os departamentos principais alvos de terceirização no Brasil são contábil (78%), fiscal (63%), TI (53%), RH (36%) e serviços financeiros (20%). "Os empresários descobriram que essa é a melhor saída para focar maior energia no negócio ao invés de desperdiça-la em áreas do back-office", afirma Satolo.

Fonte: Portal da Classe Contábil

Falha nos servidores da Sefaz/SP paralisa o sistema de NFe Gratuito do Brasil inteiro

Uma falha nos servidores da Sefaz/SP, em 25/09/2014 paralisou o sistema de NFe de todo o Brasil. Em contato com o call-center da Sefaz/SP foi informado que o problema técnico seria no link de internet que alimenta os servidores da NFe no estado. Não foi informado uma previsão de retorno normal do sistema.

O problema afeta a todos os usuários do Programa Emissor Gratuito de NFe independente do estado do Brasil em que se encontrem.

Pelo fato de ter sido desenvolvido e estar centralizado nos servidores da Sefaz/SP, todos os usuários do Emissor Gratuito são afetados. O problema seria devido a uma tentativa de atualização que é feita sempre que o programa inicia. Se o servidor de SP estiver com problemas ninguém no Brasil todo conseguirá usar o programa devido esta rotina.

Essa falha, entretanto, não afeta as empresas que possuem programa emissor próprio ou contratam o serviço de empresas especializadas. E como a SEFAZ-SP não dá garantia de funcionamento do seu programa, quem o utiliza como única alternativa está impedido de emitir as notas fiscais de sua empresa.

Mais uma situação onde o barato (ou grátis, nesse caso) pode sair muito caro. Esse é um dos motivos pelo qual algumas empresas preferem pagar alguns reais para ter a disposição sistemas com direito a suporte técnico.

Fonte: SisContábil

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Participação dos Sistemas Operacionais e Browsers no mercado brasileiro

A GlobalStats divulgou seu relatório mensal sobre as versões mais utilizadas de sistemas operacionais e browsers. A parte interessante é que agora é possível conhecer os números separados por países.

Os números referem-se aos acessos realizados no mês de agosto/2014 nos mais de 3 milhões de sites monitorados pela empresa e refere-se somente aos acessos realizados via desktops (ficam de fora os servidores, tablets e smartphones).

No quesito sistemas operacionais, não é nenhuma surpresa o Windows ser o campeão quase absoluto, com a versão 7 sendo a mais usada. Os destaques são a pequena redução no uso do XP (provavelmente devido ao fim do suporte oficial por parte da Microsoft) e o aumento da adoção do Windows 8/8.1 (graças provavelmente aos computadores novos que já vem de fábrica com essa versão):
Já nos browsers o campeão é o Chrome, da Google, seguido de longe pelo Internet Explorer, da Micorsoft e pelo Firefox, da Fundação Mozilla. Para alegria dos desenvolvedores web, o famigerado IE 6 é usado por apenas 0,6% dos usuários (isso merece até uma comemoração).

E para quem usa jQuery em seus sites, agora já é possível até migrar para a versão 2.0 (que, no caso do IE, dá suporte apenas as versões 9 e superiores).
Por fim, para quem está preocupado com o tamanho das telas dos usuários dos seus sites, abaixo segue as resoluções mais utilizadas na web tupiniquim:
É interessante notar que se somarmos as resoluções 1366x768 e 1360x768 temos quase 50% dos usuários. E se desenvolver um site com largura de tela mínima de 1280 pixeis ele será visto sem problemas por quase 80% dos internautas...

sábado, 16 de agosto de 2014

Infraestrutura de internet precisa de atualização ou mais apagões irão acontecer

Especialistas têm alertado para mais apagões da internet após acidente que tirou o eBay do ar no norte da Europa, nesta semana. Segundo eles, velhos sistemas usados há décadas para organizar a  web  já não conseguem mais suportar a demanda imposta por novos dispositivos e sites.

A web ultrapassou as estimativas de crescimento na terça-feira, 12, fazendo com que o tráfego a atingisse níveis sem precedentes e causasse o colapso de algumas das peças mais antigas dos equipamentos que mantêm o fluxo de informações, segundo informa o The Guardian.

Embora engenheiros de todo o mundo tenham contribuído para corrigir o problema, o monitor de tráfego de internet informou que o número de rotas que sofreram interrupções na terça-feira havia dobrado para 12,6 mil. Em um dia típico de falhas o número de rotas afetadas é de 6 mil.

As queixas começaram a inundar os fóruns de bate-papo e o Twitter com relatos que os leilões do eBay estavam interrompidos e de pessoas que trabalham em escritórios dizendo que não conseguiam usar o serviço de nuvem Office 360 da Microsoft ou de usar o serviço de proteção por senha LastPass. "A internet quebrou sob seu próprio peso", disse o site de tecnologia The Register.

No cerne dos problemas de terça-feira estava um sistema conhecido como Border Gateway Protocol (BGP) — basicamente um mapa da internet que lista as centenas de milhares de rotas ou percursos de conexões de notebooks, tablets e smartphones para outros trajetos ou para sites e servidores corporativos em todo o mundo.

O BGP lista rotas para a web, conexões de redes de provedores de banda larga, ligando-os entre si, e para destinos como a Apple ou data centers do Google. Nesta semana, o número de rotas mapeadas pelo BGP ultrapassou 512 mil. O número é significativo, pois alguns roteadores mais velhos — equipamentos que formam a espinha dorsal da internet, selecionando os caminhos tomados por pacotes de informação — não são mais capazes de "lembrar" de 512 mil rotas. Além disso, muitos simplesmente "esquecem" as rotas, causando interrupções.

Alguns especialistas da web estão culpando o aumento do tráfego por um aparente erro da gigante americana Verizon — problema que durou apenas cinco minutos, mas grande o suficiente para derrubar grandes áreas de internet.

A fabricante de equipamentos de rede Cisco vem alertando desde maio que alguns de seus roteadores mais antigos entrariam em colapso sob tensão, a menos que recebessem uma atualização de software. Mas atualizar ou substituir esses sistemas pode ser complicado. "Você pode simplesmente mudar alguns valores nas caixas e reinicie a máquina inteira", disse James Blessing, presidente da Associação de Provedores de Serviços de Internet do Reino Unidos, que tem cerca de 300 membros. "Infelizmente, essas caixas têm centenas de clientes ligados a elas e para obter a permissão de todos para fazer isso é uma dor de cabeça."

Sem a atualização, no entanto, um outro pico de tráfego "fechará as portas" desses roteadores, segundo os especialistas.

Outro problema relacionado é que o mundo está ficando sem endereços de internet. Os fornecedores nacionais de banda larga têm sido lentos na implantação do novo IPv6, em substituição ao IPv4 cujas conexões estão praticamente esgotadas — o IPv4 tem 4,3 bilhões de combinações possíveis, enquanto o IPv6, que utiliza mais dígitos, tem um potencial de 340 trilhões de combinações, mais do que o planeta é suscetível de precisar, pelo menos por um tempo.

Fonte: Converge

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O bilionário mercado de tokens eletrônicos

Com operações nos mercados da Europa, EUA e Ásia, e com mais de 100 milhões de usuários corporativos no mundo, a companhia canadense de soluções de segurança Entrust está entrando na disputa por uma parcela do segmento brasileiro de proteção a transações online de negócios, setor que deve movimentar mais de R$ 31 bilhões em 2014 para fazer frente a prejuízos com fraudes superiores a R$ 20 bilhões por ano.

O primeiro passo da empresa – que oferece um sistema de proteção para acesso a dados e pagamentos que substitui os onerosos tokens eletrônicos por uma versão soft inclusive via celular – foi a assinatura de contrato de parceria e distribuição com a brasileira SenhaForte, de Florianópolis. O acordo pressupõe não só a localização e comercialização das soluções Entrust no Brasil, mas, e principalmente, a consolidação de um novo modelo de negócios que pode vir a ser aplicado nos outros 38 países onde a companhia atua.

"A solução em si é a mesma que empresas como Santander, Scotia Bank, New Zealand Bank, Marriot, FedEx, Disney e Xerox já utilizam para dar segurança às transações online de centenas de milhares de clientes", explica Dalia Abreu, principal executiva da Entrust para América Latina. "A diferença está no formato de distribuição por meio do modelo SaaS (Software as a Service, ou Software Como Serviço), desenvolvido pela SenhaForte, que se mostra de potencial incrível. A forma como a solução SenhaForte passa a ser oferecida significará uma revolução no uso de tokens, permitindo que pequenas e médias empresas desfrutem de uma ferramenta hoje limitada às grandes – aliás, elas também beneficiadas com os custos bem menores que dos velhos tokens-chaveiro."

"Nossa maior inovação está em um modelo de negócios que permite cortes drásticos de custos para o cliente", diz Yhul Gutierrez, um dos sócios da SenhaForte. "Estamos tirando das empresas a necessidade de um investimento pesado em equipamentos e em pessoal, como engenheiros de suporte, para o uso de tokens. No modelo tradicional, uma pequena solução para 100 usuários, de uma empresa de médio porte, exige o gasto de cerca de R$ 100 mil. Já o SenhaForte sai, para a mesma empresa, por R$ 1,5 mil mensais – o valor por usuário é de apenas R$ 15. Em 12 meses, o investimento é inferior a 20% do dispêndio feito em um sistema de token antigo."
Usada para múltiplos objetivos de proteção por senha dinâmica e via cartão – desde acesso de funcionários e fornecedores a extranets corporativas até confirmações de operações bancárias – a entrada da solução SenhaForte no Brasil deve se dar "de forma consistente mas sem pressa", segundo Gutierrez, atingindo de dois a três mil usuários até o fim de 2014 e cerca de 15 mil no ano que vem.

O ponto dos associados brasileiros e canadenses é dar novas armas para que empresas locais façam frente a um colosso em fraudes. Segundo o professor André Grégio, pesquisador em Segurança de Sistemas de Informação do CTI Renato Archer (Unicamp), "só no setor financeiro o prejuízo com fraudes passa de R$ 1 bilhão anualmente. As perdas com cibercrimes em geral no País são ainda mais chocantes, atingindo US$ 8 bilhões anuais".

Foco local

O modelo SaaS da SenhaForte leva em conta particularidades do Brasil e se adequa à premissa de ser economicamente viável a empresas de quaisquer portes. O software é disponibilizado na nuvem, com implantação rápida e eficiente em questão de horas e comercializado por número de usuários. O pagamento, mensal, independe do total de transações. Além disso, há segmentações por número de usuários, favorecendo o acesso de grandes, médias ou pequenas empresas, e a aplicação roda em Windows, Mac, Linux, iOS, Android, BlackBerry e Java.

Essa forma de comercialização da ferramenta só existe no Brasil e surgiu a partir de necessidades identificadas por Yhul Gutierrez e seu sócio Luís Bays em 11 anos de trabalho no segmento de segurança da informação. "Há certa miopia no mercado, que só enxerga o setor financeiro como cliente. Embora vários deles queiram mudar para ferramentas mais racionais, boa parte dos bancos brasileiros está atrelada por contratos e outros acordos a seus atuais sistemas de segurança", explica Bays. "O maior mercado, porém, não está nos bancos, mas nas empresas de médio porte – que por sua vez não têm como fazer gastos vultosos e de alta complexidade logística como os exigidos por sistemas de tokens tradicionais. A saída para o modelo SaaS foi natural – e já constatamos em pesquisas prévias que é exatamente o sonho do middle market e de grandes empresas que ainda não contam com sistemas de acesso confiáveis."

Mercado

A América Latina tem um grande potencial de mercado para o setor de detecção de fraudes. De acordo com uma pesquisa da consultoria Markets e Markets, esse setor deve crescer 24% ao ano na América Latina até 2018. E o Brasil, como principal economia do continente, detém grande parte desse potencial.

As empresas brasileiras deverão investir para combater as ameaças na internet e os ataques a alvos específicos que estão se tornando cada vez mais sofisticados no continente. De acordo com o Relatório "Tendências de Cibersegurança na América Latina e no Caribe", divulgado em junho pela Organização dos Estados Americanos, o cibercrime causou aos internautas de todo o mundo prejuízo de US$ 113 bilhões no ano passado. No Brasil, a perda chegou a US$ 8 bilhões. Esse prejuízo refere-se apenas a consumidores com cartões de crédito clonados; não inclui perdas de empresas e governos com roubo de dados.

Ainda segundo esse levantamento, 552 milhões de internautas no mundo tiveram seus dados violados por cibercriminosos. A lista de informações roubadas inclui dados de cartões de crédito, identidade, endereço, número de telefone, e-mails, senhas e registros médicos. Os alvos principais dos criminosos são profissionais que têm acesso à propriedade intelectual da empresa (27% do total), mas também há muitos ataques dirigidos à área de vendas (24%). A indústria manufatureira é o setor mais visado (24% dos ataques), seguida pela área financeira (19%).

No caso da área financeira, no Brasil, onde mais de 40% das transações bancárias são feitas por internet banking, um levantamento da Febraban mostra que os prejuízos com fraudes bancárias foram de cerca de R$ 940 milhões em 2010, R$ 1,5 bilhão em 2011 e R$ 1,4 bilhão em 2012. Fraudes cometidas na internet ou em bancos acessados por dispositivos móveis causaram prejuízos de cerca de R$ 300 milhões em 2011.

De acordo com Luís Bays, da SenhaForte, as perdas são, na verdade, mais significativas do que mostram as pesquisas, pois envolvem danos à reputação das companhias cujos dados são fraudados. "Se as empresas perdem reputação, perdem prospecções de negócios. Isso quer dizer que elas estão perdendo dinheiro em razão da falta de investimento em segurança. É como se uma rede de supermercados não se importasse mais em controlar as portas das lojas e não utilizasse mais câmeras de vigilância para o monitoramento dos produtos", explica.

Bays destaca dados do levantamento feito pelo Cert.br – Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil – em 2013. O levantamento mostra que ocorreram 352.925 incidentes no ano passado e que desse total 46%, ou 165.396 casos, foram de scan ou varredura em redes, enquanto que 24%, ou 85.675 casos, foram por fraudes.

Demanda

No mercado brasileiro hoje o maior uso por esse tipo de serviço está nos bancos, seguradoras e indústrias. Mas o grande cliente em potencial da SenhaForte é a empresa que precisa realmente de uma solução de segundo fator para proteger os acessos na internet, no site de negócios e de compra ou numa rede corporativa. Isto é, aquele cliente com necessidade de incrementar a segurança que, atualmente, costuma mandar seus usuários trocarem de senha toda semana.

"Ainda não se tem no Brasil o hábito de proteger as informações nem a boa paranoia de que os seus dados sigilosos podem ser roubados. Nós somos desleixados nesse sentido", afirma Bays.

Ele destaca que recentemente invadiram a uma das principais concessionárias de energia elétrica brasileira e publicaram 450 logins de usuário e senha da intranet dos funcionários. Segundo ele, se a empresa usasse um sistema como o da SenhaForte para esses funcionários ela não se preocuparia com seus dados sigilosos, pois existe um segundo fator de segurança, mais difícil de roubar, dificultando ao máximo o roubo da informação.

Em sua opinião, a preocupação com segurança de dados deveria ser maior num país como o Brasil, que devido a seu tamanho, ao crescimento rápido de acesso à internet e ao déficit de educação, tem uma margem grande para fraude na internet. Só como exemplo, ele cita os links com um código malicioso feitos para atrair pessoas que gostam de ver tragédias. Esses links roubam informações do usuário, como acontece nos casos de "malwares" que chamam o usuário para supostas fotos exclusivas de grandes acidentes.

 Fonte: Converge

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Empresa virtual poderá ter sede no endereço residencial do proprietário

Empresas virtuais poderão ter como endereço comercial a residência de seus proprietários. Projeto nesse sentido está pronto para ser votado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. O PLS 641/2011, do senador Humberto Costa (PT-PE), autoriza a fixação, em endereço residencial, da sede de empresa que opera por meio exclusivamente virtual. Ele recebeu decisão terminativa na comissão.

O autor pondera que em diversos municípios os empreendedores são obrigados a comprar ou a locar imóvel em área não residencial para o exercício da atividade, mesmo se realizada de forma virtual, em razão de normas locais. Para ele, tais normas são "draconianas medidas de restrição de uso".

O relator na CCJ, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), é favorável à proposta, por considerar que o exercício da atividade econômica de forma predominantemente virtual é uma realidade nos dias atuais e a legislação precisa estar em sintonia com essa situação.

Para ele, impor ao empresário que opere por meio exclusivamente ou predominantemente virtual a obtenção de um imóvel apenas para fins de regularização perante a Junta Comercial parece um despropósito. "A legislação deve facilitar – e não dificultar – o registro de empresários. É necessário criar estímulos para que as pessoas saiam da informalidade, de modo que o país possa ter um crescimento sustentável", diz ainda, em seu relatório.

O texto original autoriza a fixação, em endereço residencial, da sede de empresa que opera por meio exclusivamente virtual e obriga a autoridade competente a expedir alvará de funcionamento. Contudo, não é possível à lei federal estabelecer que em locais considerados exclusivamente residenciais pela legislação municipal haja atividade econômica e expedição de alvará em violação à legislação local de zoneamento urbano. As informações são da Agência Senado.

Por isso, o senador apresentou emenda substitutiva para sanar o vício de constitucionalidade. O novo texto reconhece que não têm estabelecimento físico as atividades econômicas realizadas de forma exclusivamente virtual (ou exercidas com base material mínima), situação em que constará como endereço do estabelecimento o endereço residencial do empreendedor para efeito de registro na Junta Comercial.

"Assim, não haverá qualquer determinação para que o município expeça alvará de funcionamento em contrariedade à lei local, mas apenas se estabelece que, para fins de registro perante a Junta Comercial, poderá ser utilizado o endereço residencial nas hipóteses em que a atividade econômica é exercida exclusivamente por meios virtuais", justificou em seu relatório.

Fonte: Agência Senado.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Empresa brasileira cria certificação digital para uso em celulares

O Brasil será palco de uma das primeiras iniciativas de certificação digital móvel do mundo. A novidade foi desenvolvida ao longo de três anos pela empresa nacional e-Sec, com apoio da Finep, e será adotada inicialmente pela goiana Soluti, uma das poucas autoridades certificadoras privadas do País. Na prática, será possível assinar documentos com validade legal, realizar transações financeiras que requeiram maior segurança ou emitir notas fiscais eletrônicas, tudo através do celular.

Um exemplo de operação bancária que hoje não se pode fazer através de apps de mobile banking e que passaria a ser possível com a certificação digital móvel é a assinatura de contratos de câmbio. "As autoridades certificadoras estão olhando apenas para o desktop e esquecendo o mobile, onde falta segurança", comenta o CEO da Soluti, Vinícius Sousa.

A certificação digital é um processo de confirmação de identidade por meio eletrônico que tem validade legal e que vem sendo cada vez mais usado no Brasil, especialmente em trâmites burocráticos com entidades governamentais e na emissão de notas fiscais eletrônicas. Para cada certificado são geradas duas senhas, uma pública e outra privada, que confirma a identidade do seu portador. A geração de um certificado digital precisa ser feita pessoalmente, em algum posto autorizado que faça parte da rede de uma das autoridades certificadoras do País, dentre as quais estão Serasa, Certisign, Valid e Soluti. O controle das autoridades certificadoras e das chaves geradas é garantido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) por meio da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil). Há hoje cerca de 5 milhões de certificados digitais ativos no País e outros 2,5 milhões são gerados a cada ano. Trata-se de um mercado que movimenta aproximadamente R$ 1 bilhão por ano no Brasil.

A solução móvel criada pela e-Sec foi batizada como Certillion. Ela consiste em um aplicativo para Android, iOS, Java e BlackBerry que pode se comunicar com aplicativos de terceiros, como aqueles de bancos, de m-commerce ou de governos, para confirmar a identidade do portador para uma determinada transação ou assinatura de contrato. O download do app será gratuito, mas para gerar um certificado digital dentro dele será preciso comparecer pessoalmente a um posto autorizado, tal como feito para qualquer outra certificação digital tradicional.

A princípio, a chave privada ficará guardada no software, o que limitará sua validade a um ano. Em soluções que usam um hardware dedicado para o armazenamento da chave, como um smartcard ou token, o certificado tem validade de três anos. A e-Sec e a Soluti estudam a possibilidade de adotar um cartão microSD ou mesmo um SIMcard especial para essa finalidade. Nestes casos, contudo, os equipamentos ainda precisam ser aprovados pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. É possível também conectar alguns leitores de smartcard ao celular e realizar a leitura do certificado através do Certillion.

"Podemos proteger qualquer transação, de mobile banking a mobile health, passando por chat seguro, e em qualquer ambiente, do Galaxy S5 a um feature phone, pois otimizamos a solução para que rode em processadores mais lentos", afirma o CEO da Soluti. "Na prática, estamos trazendo o mundo da certificação digital para o ecossistema móvel", conclui.
Um primeiro piloto comercial deve entrar em operação este ano através de uma parceria que ainda não pode ser revelada. As empresas estão conversando principalmente com bancos, redes varejistas e operadoras celulares.

Modelo de negócios

A ideia da e-Sec e da Soluti é adotar para a certificação digital móvel um modelo de negócios diferente do tradicional. Em vez de uma taxa única para a geração do certificado, a proposta é cobrar por uso. Isso facilitaria a popularização da solução, pois diminuiria seu custo inicial de adoção por pessoas físicas ou pequenas e médias empresas. A Soluti está negociando com operadoras móveis nacionais sobre a possibilidade de distribuição de um SIMcard com a solução embarcada. Os preços ainda não foram definidos.

Aquisição

Diante do potencial de mercado dessa solução, a Soluti adquiriu 20% de participação acionária na e-Sec, pela qual pagou R$ 4 milhões. Apesar disso, é importante ressaltar que a Certillion não será uma solução exclusiva da Soluti. A ideia é oferecê-la para todas as outras autoridades certificadoras que se interessarem, no Brasil e no exterior. Hoje, 30 países aceitam legalmente certificados digitais e há centenas de autoridades certificadoras neles.

Fonte: artigo de Fernando Paiva da Mobile Time.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O que os empregadores pesquisam no Google sobre candidatos

O que 80% dos empregadores fazem antes de chamarem um candidato para uma entrevista? Eles usam o Google para encontrar informações sobre o profissional.

Transparência é o que empregadores esperam encontrar sobre um candidato na internet, de acordo com a revista Business Insider. Quando o empregador faz uma busca no Google (e no linkedIn), ele não está atrás de informações negativas sobre o candidato. A intenção é conhecer melhor o profissional antes de selecioná-lo para uma entrevista.

Conheça as quatro coisas que os empregadores procuram descobrir de um candidato ao fazerem uma busca on-line:

Foto do profissional
Sempre que possível, os empregadores querem saber como seus candidatos se parecem. É importante ter uma foto sua em suas redes sociais e site pessoal. Não precisa ser uma foto tirada por um profissional, mas sim uma foto do candidato em vestuário profissional.

Portfólio
Em seguida, empregadores querem conhecer seus trabalhos e realizações. Um portfólio online é uma maneira de expor o que você tem em seu currículo e construir sua credibilidade. Desta forma, empregadores terão uma ideia melhor do que o candidato já realizou e o que pode fazer pela empresa.

Presença online
Empregadores também querem sabem como é a presença online do candidato, bem como suas interações. Pesquisas indicam que 96% dos recrutadores usam o LinkedIn para pesquisar candidatos. Este é um indicativo de que é bom ter um perfil completo nessa rede de relacionamento profissional, além de outras redes sociais.

Seu caráter e comportamento
Qualificações para o emprego não são tudo o que recrutadores procuram. Eles também querem saber como o candidato se encaixa na cultura da empresa. Os empregadores usam a web para avaliar personalidade e comportamento online. Falar mal de empregos anteriores ou de colegas de trabalho pode afastar futuras oportunidades de trabalho.

Fonte: Business Insider

Esqueça a nuvem, o futuro da computação está no nevoeiro

Eu acredito no poder de transformação da computação em nuvem como qualquer outra pessoa. Smartphones, que estão constantemente procurando e obtendo informações, não fazem sentido sem a nuvem, e qualquer empresa que não esteja se esforçando para colocar seus dados e software num sistema terceirizado corre, na minha opinião, o risco de ser ultrapassado por um concorrente que esteja fazendo isso.

Mas os defensores da nuvem gostam de declarar que, um dia, 100% da computação será realizada na nuvem. E o negócio de muitas empresas é vender a você essa ideia.

Mas a realidade é que colocar e retirar dados da nuvem é mais difícil que a maioria dos engenheiros, ou pelo menos seus gerentes, quer admitir.

O problema é a velocidade da comunicação de dados — que em computação é expressa por um parâmetro chamado largura de banda. Se uma determinada empresa está simplesmente tentando economizar o custo e o trabalho de armazenar dados por conta própria, a nuvem é ótima porque tudo o que ela precisa é transferir dados através de uma conexão de alta velocidade.

Mas num mundo de conectividade de massa — em que as pessoas precisam conseguir informação em um leque de dispositivos móveis — a comunicação é bastante lenta. Qualquer empresa que envia dados para dispositivos móveis, seja reservas aéreas para passageiros ou dados comerciais para a equipe de vendas, sofre com as limitações das redes sem fio. No geral, segundo o Fórum Econômico Mundial, os Estados Unidos ocupam o 35º lugar entre 148 países em largura de banda por usuário. (O Brasil ocupa a 61ª posição no relatório do órgão.)

Essa é uma razão pelas quais os aplicativos se tornaram o principal meio de se conectar à internet, pelo menos nos smartphones. Parte das informações e do poder de processamento fica a cargo do dispositivo.

O problema de como fazer as coisas quando se depende da nuvem está se tornando mais grave à medida que cada vez mais objetos estão se tornando “inteligentes”, ou capazes de fazer medições do ambiente, conectar-se com a internet e até receber comandos remotamente. Tudo, de aviões a geladeiras, está sendo conectado à redes sem fio e se unindo à “Internet das Coisas”.

As modernas redes de celulares 3G e 4G simplesmente não são velozes o suficiente para transmitir dados dos dispositivos para a nuvem no ritmo em que eles são gerados, e como cada simples objeto do lar e do trabalho está entrando no jogo, a situação só tende a piorar.

Felizmente, existe uma solução óbvia: parar de se concentrar na nuvem e começar a pensar numa forma de armazenar e processar a torrente de dados gerados pela Internet das Coisas (também conhecida como internet industrial) nas próprias coisas ou em dispositivos que fiquem entre nossas coisas e a internet.

O pessoal de marketing da Cisco já inventou um nome para este fenômeno: “fog computing”, ou computação em nevoeiro.

Eu gosto do termo. Sim, ele faz você querer franzir a testa. Mas, como no caso de computação em nuvem (também um termo cunhado pelo marketing quando já era um fenômeno em evolução), ele é uma boa metáfora visual do que está acontecendo.

Enquanto a nuvem está em algum lugar distante e remoto do céu, deliberadamente abstrato, o nevoeiro está perto do chão, bem onde as coisas estão sendo feitas. Ele não consiste de servidores poderosos, mas de computadores mais fracos e mais dispersos, do tipo que está sendo vendido para aparelhos, fábricas, carros, postes de iluminação e qualquer outra parte de nossa cultura material.

A Cisco vende roteadores, que depois da armazenagem é o menos atraente dos setores tecnológicos. Para torná-lo mais excitante, e para vendê-lo para novos mercados antes que os competidores chineses prejudiquem o seu faturamento, a Cisco quer transformar seus roteadores em sistemas que acumulam dados e tomam decisões sobre o que fazer com eles. Na visão da Cisco, seus roteadores inteligentes nunca irão precisar se ligar com a nuvem, ao menos que tenham que, digamos, alertar operadores para uma emergência em um vagão ferroviário equipado com sensores e onde um destes roteadores atuaria como um centro nervoso.

A IBM está trabalhando numa iniciativa semelhante para levar os sistemas de computação “até a extremidade”, um esforço que, segundo o executivo da IBM Paul Brody, vai virar a internet tradicional, baseada na nuvem, “de cabeça para baixo”.  Quando as pessoas falam de “edge computing” — algo como computação na extremidade — o que elas querem indicar literalmente é a extremidade da rede, a fronteira onde a internet termina e o mundo real começa. Os centros de dados estão no “centro” da rede, enquanto os computadores pessoais, telefones e câmeras de vigilância estão na fronteira.

Da mesma forma que, fisicamente, a nuvem consiste de servidores conectados, no projeto de pesquisa da IBM, o nevoeiro é formado por todos os computadores que estão ao nosso redor, ligados entre si. Num certo nível, pedir para nossos dispositivos inteligentes, por exemplo, enviar informações um para o outro, em vez de através da nuvem, pode transformar o nevoeiro num concorrente direto da nuvem em algumas funções.

A conclusão é que temos dados demais. E estamos só no começo. Os aviões são um bom exemplo. Num novo Boeing 747, quase todas as partes do jato são conectadas à internet, gravando e, em alguns casos, enviando um fluxo contínuo de dados sobre suas condições. A General Electric informou que, em apenas um voo, um de seus motores de avião gerou meio terabyte de dados.

Sensores baratos geram uma grande quantidade de dados e são surpreendentemente úteis. Os sensores chamados de analíticos preditivos permitem a companhias como a GE saber qual parte de um avião precisa de manutenção, antes até do avião em questão aterrissar.

Por que você acha que o Google e o Facebook estão falando sobre meios alternativos de acesso à internet, incluindo via balões e drones? Os canais existentes não estão dando conta do recado. Até que as pessoas tenham internet com e sem fio com a velocidade que merecem, conectar as coisas o mais próximo possível do usuário será fundamental para tornar a Internet das Coisas veloz o suficiente para ser utilizável.

O futuro de grande parte da computação das empresas continua sendo a nuvem, mas e a computação realmente transformadora do futuro? Ela vai acontecer bem aqui, nos objetos que nos cercam — no nevoeiro.

Fonte: artigo de Christopher Mims para The Wall Street Journal

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aplicativo para emissão da NFC-e em tablets é lançado em Manaus

A Samsung e a Secretaria de Fazenda do Amazonas (SEFAZ-AM) apresentam ao mercado o primeiro aplicativo gratuito para a emissão da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) em computadores tipo tablet. O software está em fase final de testes pelo instituto de desenvolvimento tecnológico da multinacional coreana no Polo Industrial de Manaus (PIM), o Sidia, e estará voltado, sobretudo, às 21 mil micro e pequenas empresas com cadastros ativos no Estado.

A primeira demonstração do programa foi feita durante a 3ª Feira do Empreendedor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AM), de 24 a 27/04/2014 no Clube do Trabalhador do Serviço Social da Indústria (SESI), no bairro Aleixo. O programa é totalmente intuitivo e não só permitirá a emissão da nova nota fiscal em uma base móvel, o tablet, mas também auxiliará o micro e pequeno empresário a aperfeiçoar os controles de suas vendas.

O software foi desenvolvido pelo Sidia a partir de uma demanda da SEFAZ-AM, que iniciou a implantação da NFC-e de forma pioneira no País, ainda em 2013. A nova tecnologia de emissão da nota fiscal ao consumidor é totalmente eletrônica e traz vantagens ao contribuinte, ao consumidor e ao fisco estadual. Até janeiro de 2015, todo o comércio varejista de Manaus estará utilizando a NFC-e. Da fase de adesão voluntária à nova sistemática até este mês, 1.367 estabelecimentos já estão emitindo o novo documento fiscal, com um total de 3,8 milhões de NFC-es lançadas no Estado.

O comerciante varejista tem economia por não precisar mais manter ou adquirir um Emissor de Cupom Fiscal (ECF), ao custo entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, da mesma forma que não precisa mais validar os ECFs de sua loja. Basta ter um computador, uma impressora a laser comum e um programa que fará a comunicação das vendas do estabelecimento ao banco de dados da SEFAZ-AM.

“Já o consumidor poderá receber suas notas fiscais em papel ou em meio digital, como preferir, por meio de mensagens de texto, em seu e-mail ou ainda consultar o documento, em qualquer tempo, no portal da NFC-e, no site da SEFAZ-AM. Para isso, é preciso identificar a nota com o número do CPF no ato da compra”, acrescenta o coordenador de implantação da NFC-e no Amazonas, e um dos coordenadores do projeto no País, o auditor fiscal da Sefaz-AM Luiz Dias.

Na avaliação da direção do instituto de tecnologia da Samsung, que utilizou recursos da Lei de Informática para desenvolver o aplicativo, o software vai ao encontro da política da multinacional, que é de promover cidadania aos mercados onde atua. “Quanto melhor o ambiente de negócios onde atuamos, melhor para a sociedade, melhor para o crescimento da empresa. Esse aplicativo atende nossa filosofia, que também é de proporcionar o desenvolvimento sócio e econômico local”, destaca a direção do Sidia.

Para o secretário de Estado da Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo, o aplicativo da Samsung fortalece a política do Estado de investimentos em tecnologia da informação, que tem tornado os controles do fisco mais eficientes ao mesmo tempo em que proporciona facilidades e menos burocracia aos contribuintes. “Esperamos contar com essa parceria em outros projetos, assim como a parceria com a SUFRAMA, que autorizou a aplicação dos recursos da Lei de Informática nesse projeto”, considera.

Na avaliação do superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, a sinergia entre as equipes da Sefaz e do Sidia foi o diferencial que resultou no aplicativo que contribuirá para o desenvolvimento da economia local, com possibilidade de ser utilizado por outros Estados que estão implantando a NFC-e. “Esse é um produto (software) que atende interesses sociais e que irá gerar novas oportunidades de negócios”, avalia o superintendente.

Vantagens do aplicativo

O aplicativo da Samsung para a emissão de NFC-e a partir de tablets é totalmente intuitivo, de fácil operação. Após três meses de desenvolvimento, o produto agora está sendo testado em campo, com o uso de internet 3G, para emissão do documento fiscal de qualquer parte da cidade.

Já a fase piloto, segundo o coordenador de desenvolvimento do software no Sidia, Wallison Coutinho, irá até julho. Nesse estágio, explica ele, o aplicativo será aperfeiçoado para que sua primeira versão seja lançada na loja de aplicativos da Samsung, a Samsung Apps, também em julho. “Vamos aproveitar ao máximo a fase piloto para aperfeiçoarmos o programa”, destaca ele.

O aplicativo também poderá funcionar com internet wi-fi. Mas o mais importante é que caso o comerciante não tenha sinal de internet no ato da venda, esta poderá ser processada e a nota fiscal emitida à SEFAZ-AM até 24h após a efetivação da mesma. É o que a SEFAZ-AM chama de prazo de contingência.

Na prática, o comerciante irá baixar o aplicativo gratuitamente na Samsung Apps para em seguida cadastrar sua empresa e os produtos que comercializa. E para facilitar o envio da NFC-e aos clientes por e-mail, o microempresário também pode cadastrar os endereços eletrônicos no mesmo programa.

Segundo o coordenador de desenvolvimento do aplicativo, um dos maiores desafios para se chegar à solução esperada pela Secretaria de Fazenda do Amazonas foi adequar o software à legislação tributária, assim como garantir que o mesmo trabalhe com a certificação digital dos contribuintes. “Nesse aspecto, a consultoria técnica o apoio técnico dos auditores da SEFAZ-AM foi decisivo”, explica ele, que trabalhou com profissionais de design, de desenvolvimento e de testes, neste ultimo caso, uma contabilista.

Fonte: SEFAZ-AM

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Rio de Janeiro passa a utilizar Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e

Nesta segunda-feira (12/5), o Estado do Rio de Janeiro deu mais um passo para reduzir a burocracia entre consumidores, empresas e fisco e unificar de forma segura o fluxo de dados entre as partes. O governador Luiz Fernando Pezão oficializou a adesão do Estado do Rio ao Programa Nacional da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e durante cerimônia no Palácio Guanabara que reuniu o secretário de Fazenda Renato Villela, o subsecretário de Receita de Fazenda George Santoro e outras autoridades e representantes de associações empresariais e da sociedade.

A NFC-e foi lançada nacionalmente em novembro de 2013 e até agora somente Rio Grande do Sul, Amazonas e o Rio estão colocando em prática o novo modelo. A expectativa é de que até o final deste ano toda federação tenha aderido ao programa. A NFC-e faz a transmissão em tempo real de documentos fiscais para o banco de dados da Secretaria de Estado de Fazenda e o contribuinte pode receber o documento fiscal também via internet nos computadores, tablets e smartphones. A medida dá segurança quanto à validade e autenticidade da transação comercial, assim como praticamente elimina a circulação de papéis impressos em notas e cupons fiscais hoje utilizados, reduzindo custos e desperdício de papel.

A NFC-e é um documento eletrônico (arquivo digital) que substituirá as notas ­ fiscais de venda ao consumidor, modelo 2, e o cupom ­fiscal emitido por emissores de cupons fiscais, os chamados ECF. Preocupada com a diminuição de custos para os contribuintes, a Secretaria de Fazenda - SEFAZ decidiu adotar um programa emissor que poderá ser baixado gratuitamente.

“O programa nos permite ganhar agilidade nos processos que envolvem a Fazenda, os contribuintes e os consumidores. Daremos continuidade ao que estamos fazendo na Secretaria de Fazenda do Rio para que ela seja a melhor do Brasil e cresça cada vez mais em receita. Para isso ampliamos o quadro de auditores fiscais como nunca aconteceu na história dessa pasta, o que permitiu aumentar a arrecadação do Estado”, comentou o governador.

O secretário da SEFAZ Renato Villela ressaltou que o uso da NFC-e permitirá ao consumidor ser o próprio fiscal do pagamento do seu tributo. “O programa promove o fortalecimento da cidadania, uma vez que o consumidor vê que a sua nota está na base de dados da SEFAZ, podendo consultá-la, interagir com a Secretaria e fazer denúncias. Já o governo ganha eficiência na fiscalização e pode utilizar a mão de obra da Receita para trabalhos de inteligência e coordenação”, explicou Villela.

Após ser preenchida e assinada eletronicamente, a NFC-e é transmitida pela internet para a SEFAZ. Em fração de segundos os computadores da Secretaria  verificam a autenticidade do documento e a consistência das informações. Se não houver erro, o contribuinte recebe de volta, em seu programa, o número de Autorização de Uso. A partir desse momento, a NFC-e tem validade e pode acobertar a venda.

“A adesão à NFC-e é uma mudança de paradigma para o Estado e as empresas. Tempos atrás vivíamos uma realidade na SEFAZ totalmente diferente da atual, com poucos fiscais e condições ruins de trabalho. Tudo isso mudou nos últimos anos e é com muita satisfação que hoje anunciamos a utilização desse programa de alta capacidade tecnológica”, reforçou o subsecretario de Receita da SEFAZ, George Santoro.

Para os órgãos públicos, a agilidade na transmissão das notas e a sua informatização auxiliará no controle dos registros fiscais e propiciará a criação de programas governamentais de estímulo à cobrança, pelos contribuintes, da emissão das notas fiscais. Dessa forma, o fisco estadual ajuda no combate à concorrência desleal, que é sempre uma pauta dos empresários, além de facilitar  a vida dos contribuintes e a diminuição de seus custos operacionais e de instalação.

A representante das empresas do varejo no grupo de trabalho que discute a aplicação da NFC-e nos estados Juliana Domingues comemorou a iniciativa. Segundo ela, além da economia proporcionada pelo novo programa emissor, que pode ser baixado gratuitamente da internet, a eliminação de algumas obrigações acessórias e a dispensa de homologação do software pelo fisco são outros benefícios em favor do contribuinte. “No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, os contribuintes gastam 2.600 horas de trabalho por ano para cumprir com 150 obrigações acessórias existentes. Por isso, ações de desburocratização como a NFC-e são importantes”, justificou.

A implantação da NFC-e começará no meio do ano.

Vantagens da NFC-e

A medida também traz outras vantagens para o fisco, empresas e consumidores, entre elas:
• Uso de impressora não fiscal comum térmica ou a laser;
• Simplificação de obrigações acessórias (dispensa de impressão de  Redução Z e Leitura X, Mapa Resumo, Lacres, Revalidação, Comunicação de ocorrências, Cessação etc);
• Dispensa de intervenção técnica;
• Uso de papel comum; não certificado, com menor requisito de tempo de guarda;
• Não há necessidade de autorização prévia do equipamento a ser utilizado;
• Uso de novas tecnologias de mobilidade (smartphone, tablet, notebook e outros);
• Flexibilidade de expansão de pontos de venda, sem necessidade de autorização do Fisco;
• Integração de plataformas de vendas físicas e virtuais.

A implantação da mudança obrigatória a partir do meio deste ano será gradativa para que os contribuintes possam fazer um procedimento paulatino. A expectativa da SEFAZ é que as empresas antecipem por conta própria esse calendário, em função dos benefícios.

Não haverá aplicativo emissor disponibilizado pelo fisco. No entanto, há várias ofertas gratuitas que não necessariamente precisam da indicação do fisco.

Fonte: SEFAZ-RJ

RS usa chip para evitar sonegação em cargas rodoviárias

Um chip acoplado ao caminhão e rastreado por antenas de rádio frequência começa a fazer toda a diferença para flagrar irregularidades fiscais no ingresso de produtos no Estado. O projeto-piloto com a aplicação estreou ontem no posto fiscal em Torres, divisa com Santa Catarina, por onde cruzam diariamente 4 mil veículos de cargas e que respondem por quase metade do volume de mercadorias oriundas de fora do Rio Grande do Sul por meio rodoviário, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Para empresas de transporte, a tecnologia reduzirá as paradas no posto, que podem durar até três horas, se tiver fila, para conferência de notas e cargas.
A Sefaz esclarece que as verificações físicas só ocorrerão se o sistema digital apontar informação divergente ao ler o chip. O Estado é o primeiro a colocar em prática nas áreas de divisa o programa Brasil-ID, com uso da identificação por rádio frequência (RFID). Até a metade do ano, a aplicação deve concluir a fase piloto. Hoje, apenas parte da frota de uma transportadora trafega com o rastreamento feito pelo fisco. A Fazenda espera firmar parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) para popularizar a tecnologia.

O desenvolvimento e a disseminação dessas ferramentas de apoio à fiscalização dos setores de tributação estão previstos no Sistema de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias. O acordo, firmado em 2009, uniu os ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o da Fazenda e unidades da federação. Os chips que trafegam com os veículos e as antenas instaladas em Torres foram financiados por meio de convênio com o MCTI. Segundo o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, o fornecimento faz parte do convênio para efetivar os sistemas e implantar semicondutores (chip) do Brasil-ID.

A demonstração do procedimento foi feita ontem para a cúpula da Secretaria da Fazenda, com a presença do secretário Odir Tonollier, de dirigentes do Setcergs e da TNT, a primeira transportadora a usar o sistema, no posto em Torres. Até a semana passada, a Sefaz considerava a aplicação ainda em teste, que durou 30 dias ao ser experimentado na linha da TNT de São Paulo a Porto Alegre. Pereira espera finalizar a fase piloto até a metade do ano e ampliar a mais empresas e a outros cinco postos fiscais principais entre os 12 existentes – Barracão, Estreito, Igoio-en, Iraí e Vacaria. Para estas novas áreas, devem ser usados recursos do Profisco, bancado pelo Banco Mundial (Bird), para a aquisição das antenas e até videomonitoramento, antecipa Pereira. O investimento pode chegar a R$ 10 milhões. Para o governo, a iniciativa formará corredores eletrônicos de fiscalização.

Rastreamento ocorre da origem ao destino
Pelo sistema, o caminhão começa a ser rastreado desde a origem, quando é abastecido com códigos de todas as notas, até o destino. A medida serve para intensificar a vigilância sobre a utilização de créditos do ICMS, que está prevista na substituição tributária. A Fazenda terá detalhes, como data e hora de verificação e demais identificações. “O sistema indicará se será necessário o motorista parar e descer para alguma verificação. Caso não precise, pode seguir sem interrupção”, ilustra o subsecretário da Receita. “Vai aumentar a correção e o combate a irregularidades”, acredita Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual. “O corredor eletrônico significará mais segurança e agilidade para as empresas e para o fisco”, vislumbra Tonollier, que espera saldo ainda na eficiência do caixa e da economia local.

O uso restrito à TNT atinge volume que representa 25% a 30% do que é transportado pela companhia para o território gaúcho, segundo o gerente regional de vendas, Airton Levi. “O monitoramento já agiliza o transporte, encurtando o tempo de viagem, que hoje é crucial diante da nova legislação para motoristas”, destaca. O executivo aposta que até o fim do ano toda a frota que faz o fluxo diário da companhia, com 40 caminhões para os destinos no Estado, esteja chipada. “A tecnologia será diferencial para quem aderir, e o governo poderá focar o combate da sonegação em quem está fora”, sugere Levi.

“Teremos uma análise do risco da operação ao verificar todos os destinatários e certificar se algum produto pode não ter idoneidade. Quem estiver com tudo certo é enquadrado em baixo risco de sonegação e tem passagem facilitada”, traduz o subsecretário. “Queremos trabalhar para a boa empresa”, arremata.

Fonte: artigo de Patrícia Comunello para o Jornal do Comércio

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Participação de cada Sistema Operacional desktop no mercado mundial


A revista MicroMart de fevereiro de 2014 publicou um quadro com o "market share" de cada sistema operacional desktop no mundo (o estudo não inclui os servidores, onde o Linux normalmente tem uma participação maior). Como não separaram por continente, os dados podem estar um pouco distorcidos por conta da China, onde o Windows XP ainda é um "campeão de audiência", graças ao uso de computadores muito defasados.

Eu refiz o quadro original para agrupar os Sistemas Operacionais por fabricante e versão (em ordem decrescente de lançamento):

Desenvolvedores


Para quem desenvolve para Windows é sempre interessante saber qual o percentual de usuários que utiliza cada versão do sistema operacional. Vale a pena desenvolver algo específico para o novíssimo Windows 8? Preciso manter retrocompatibilidade com quais versões do sistema operacional da Microsoft? Ainda tem gente usando a versão desktop do Windows 2000 ou do NT? E o 98 ou o Millenium (Me), ainda são usados?

Começo respondendo a última pergunta: no quadro original o 98 e o Me possuem participação inferior a 0,001% e por isso nem apareceram na planilha que montei acima. Ainda bem!!! Mas eu não esperava ver o 2000 e o NT na lista, já que não se trata da versão server e sim da desktop...

O Windows 8 e 8.1 ainda possuem uma fatia pequena do mercado (menos de 10%) e a construção de aplicações exclusivas para ele, com sua interface "Metro", só é viável economicamente se estiver mirando um nicho de mercado. Até por que descartar 90% dos usuários pode não interessante.

Já o Windows 7 e o Vista, por exemplo, possuem uma série de funcionalidades interessantes que facilitam a vida do desenvolvedor, porém incompatíveis com as versões anteriores.Isso significa que se usar esses recursos no meu aplicativo eles não funcionarão em máquinas que possuem o XP. O que fazer então? Substituir uma função simples do Windows 7 por milhares de linhas de código que funcionem nas versões anteriores? Ou simplesmente ignorar os clientes que não fizeram seus upgrades. Considerando que quase um terço dos computadores mundiais ainda não saíram do Windows XP, é algo que precisa ser bem pensado.

De qualquer modo, com o aumento da produção de sistemas web, que em tese podem ser executados em qualquer versão do Windows, Mac ou Linux, essa discussão pode em breve se tornar inócua...

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Como incluir meu site no Google e como fazer com que ele tenha um melhor resultado nas buscas?


O Google possui uma área que permite a inclusão de endereços para indexação. O link encontra-se abaixo:

http://www.google.com.br/add_url.html

Caso você queira qualificar o modo como seu site é indexado, o sistema de indexação do Google utiliza um conceito que toma como base as referências existentes de um determinado site, ou seja, se você possuir um site, quanto mais páginas possuírem referências(links) para a sua, maior é a tendência de que ela apareça.

Além de referências, o conteúdo publicado em seu site também conta e existem alguns métodos que facilitam a identificação do conteúdo. Entre eles, podemos destacar as palavras-chave e os meta-tags.

Meta-tags são códigos em HTML, ou "palavras-chave" que descrevem para os sistemas de busca o conteúdo que existe em seu site. Observe o exemplo abaixo:

<HTML>
<HEAD>
   <TITLE> NOME DA EMPRESA </TITLE>
   <META NAME="author" CONTENT="CognosTECH Sistemas Contábeis">
   <META NAME="description" CONTENT="Gestor Empresarial CognosTECH">
   <META NAME="keywords" CONTENT="gestão, empresarial, web, nuvem">
</HEAD>
  • author

Utilizada para indicar o autor da página. Normalmente as empresas colocam nomes e endereços neste campo.
  • keywords

Palavras que façam referência ao seu conteúdo. Esta linha não pode ser quebrada pois o código será interpretado com erro e será ignorado. Caso você necessite incluir muitas palavras use mais de uma linha de keywords. Veja o exemplo abaixo:

<meta name="keywords" content="web, contas a pagar, contas a receber">
<meta name="keywords" content="nota fiscal eletrônica, nf-e, estoque, financeiros
">

Separe as palavras com vírgula, e use preferencialmente letras minúsculas.

  • description

Frase que o sistema de busca utilizará como um "resumo" do conteúdo do seu site.

Mas lembre-se que, além das meta-tags, o que realmente vai fazer com que seu site seja acessado é a qualidade, referência, coerencia e atualização do conteúdo publicado.

Seguem abaixo alguns links para inclusão de seu site nos mecanismos do Yahoo e Bing.
Fonte: UOL

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sped: 5 Novos Documentos a Caminho

Fiscal Nota Fiscal eletrônica (NF-e) 3.10, Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor (NFC-e), Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) 2.0, Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) e Manifestação do Destinatário. Além do eSocial e da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), estes são os cinco principais documentos fiscais que movimentarão o ambiente corporativo em 2014.
“Cada uma dessas obrigações trará profundas transformações ao país. Para as empresas, demandará mais investimentos em tecnologia da informação e em capacitação de mão de obra. Para os profissionais, significará uma maior procura por treinamentos”, exemplifica Juliano Stedile, especialista em documentos fiscais eletrônicos da Decision IT, ao resumir os impactos presumíveis com as próximas novidades do Sistema Público de Escrituração Digital.

A versão 3.10 do leiaute da Nota Fiscal eletrônica (NF-e), por exemplo, certamente vai simplificar os processos e sistemas de emissão de documentos fiscais eletrônicos das empresas, permitindo ganhos sistêmicos nas organizações. A versão 2.00 da NF-e será desativada em dezembro deste ano, mês em que as empresas já deverão estar totalmente adaptadas.

“O padrão da Nota Fiscal eletrônica proporcionará novas formas de comunicação entre o contribuinte e as secretarias de Fazenda, trazendo consideráveis melhorias de desempenho para ambos. Os emitentes com maior volume de NF-e e/ou NFC-e certamente reduzirão investimentos em infraestrutura decorrentes do crescimento das operações”, explica Stedile.

Outro documento prestes a ser implantado é a Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor (NFC-e). Legislada individualmente pelos Estados, ela flexibiliza a utilização de equipamentos de frente de caixa e reduz os custos com homologação ou aquisição de sistemas homologados por programas do governo (PAF-ECF, SEF etc.).

De acordo com o especialista, 2014 verá a massificação deste projeto, que já conta com a adesão de 11 unidades da federação, com entrada prevista em mais cinco. “Já há obrigatoriedade no Acre, Amazonas e Mato Grosso, mas estados como o Rio Grande do Sul devem aderir ainda este ano.”

Segundo ele, espera-se uma adesão em grande escala das empresas à NFC-e, até mesmo de forma voluntária,devido às suas vantagens estratégicas e competitivas em relação ao atual cupom fiscal.

Em desenvolvimento desde 2006, o Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) também vai ser fonte de cuidados especiais este ano, ao entrar em sua segunda geração. A versão 2.0 do CT-e exigirá um esforço maior de adaptação das empresas emissoras deste documento, pois traz como novidade a utilização de eventos vinculados ao documento eletrônico.

“O CT-e proporcionará mais controle e segurança no monitoramento do transporte de cargas, seja ele rodoviário, aquaviário, ferroviário ou aéreo. Entre as várias mudanças, destaca-se a emissão de Carta de Correção eletrônica, que passa a ser possível nesta versão do CT-e. A opção de registro multimodal ficará disponível, simplificando a emissão e o controle dos CT-e que acobertam transporte envolvendo mais de um modal de transporte”, comenta o especialista em documentos fiscais eletrônicos da Decision IT.

Obrigatório desde janeiro deste ano para algumas empresas e voltado à carga transportada para operações interestaduais, o Manifesto de Documentos Fiscais eletrônicos (MDF-e), por sua vez, deverá ser utilizado pelos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“Este projeto deve ganhar muita visibilidade, pois trata de uma obrigação que anteriormente era exclusiva das transportadoras de cargas e que, no meio eletrônico, passou a ser exigida também das empresas que possuem frota própria; arrendada, ou que contratem profissionais autônomos”, esclarece Stedile.

Por fim, as empresas terão de se adaptar à Manifestação do Destinatário,evento do projeto da Nota Fiscal eletrônica que permite ao destinatário da NF-e confirmar a sua participação na operação acobertada pela NF-e emitida para o seu CNPJ. “Este projeto é fundamental para as empresas, pois envolve eventos como ciência/confirmação da operação, operação não realizada (recusa) e desconhecimento da operação”, destaca.

Todas essas mudanças aumentarão a complexidade, mas também a robustez do ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). “A comunicação e a relação entre empresas e autoridades tributárias melhorarão sensivelmente nos próximos anos, proporcionando ainda mais segurança fiscal nas operações comerciais”, reforça o especialista da Decision IT.

Fonte: Decision IT

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cerco do fisco estimula a tecnologia contábil

A transmissão de informações via internet tem sido cada vez mais exigida pelo fisco para evitar a sonegação. Neste ano são pelo menos duas novas obrigações: o eSocial, que consiste no envio consolidado de informações sobre os empregados; e os cupons ficais eletrônicos para o consumidor. As empresas que fornecem tecnologia comemoram. A NFe Brasil, por exemplo, espera crescer 25% este ano, e a KFBC IT Consulting estima alta de 50%.

As duas exigências são extensões do chamado Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído em 2007. A obrigação da emissão da nota fiscal eletrônica (NF-e) para negociações entre empresas foi a primeira grande mudança. “Em abril de 2008 veio a primeira obrigatoriedade, em segmentos que o governo considerava mais problemáticos, como os de combustível, cigarro e bebidas”, diz Marco Antonio Zanini, diretor da NFe do Brasil.

Segundo ele, a empresa surgiu para suprir a demanda por serviços que apareceu com implementação da NF-e. “O próprio nome da empresa é feliz porque dá o tom da nossa especialidade. Mas também é infeliz porque o mercado ficou tão abrangente que o segmento da NF-e está ficando pequeno.” Além do cupom fiscal eletrônico, que representa 50% dos negócios da empresa, a validação das notas recebidas, com 30%, ganhou importância.

Zanini afirma que a exigência da validação das notas fiscais recebidas se tornou obrigatória depois que o fisco identificou que havia um grande número de empresas que cancelavam as notas depois de entregarem seus produtos, para não serem tributadas. Segundo ele, até 15% das emissões eram canceladas. “Então o governo baixou uma portaria; toda vez que a empresa adquire mercadoria ela deve se certificar de que a nota fiscal é verdadeira.”

“O governo gostou dessa sistemática”, afirma ele. Como o recebimento de arquivos pela internet facilita a fiscalização, a variedade das obrigações tem crescido de forma constante nos últimos anos. No caso da NFe, isso garantiu clientes como a Shell, Coca-Cola e Natura, além de uma carteira de 3.000 pequenas e médias empresas. A perspectiva de Zanini é manter uma taxa de 25% de expansão para 2014 e 2015.

A Config, também especializada na gestão de documentos fiscais eletrônicos, registrou alta de 60% no faturamento em 2013. O presidente da companhia, Wilson Alves da Silva, afirma que a expansão é fruto de obrigações fiscais criadas pelos estados e municípios. Para 2014, a estimativa é alta de pelo menos 15%.

O presidente da companhia afirma que as apostas para este ano estão voltadas para os cupons fiscais eletrônicos para o consumidor. Silva afirma que já existem empresas operando com o processo, que ainda está em fase de testes. Segundo ele, o calendário que institui a obrigatoriedade da nota começa este ano.

Nota eletrônica do consumidor

No Estado de São Paulo, por outro lado, há um impasse em relação aos cupons fiscais eletrônicos para o consumidor. Enquanto outros estados, como Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Amazonas, se reuniram para instituir um padrão chamado de NFC-e, o estado paulista investiu em um outro modelo, chamado SAT. O modelo paulista exige o uso de um equipamento eletrônico específico e homologado para imprimir as notas. O modelo adotado pelos outros estados dispensa o hardware.
Outro impasse é em relação ao que se chama de “contingência”. Enquanto o NFC-e prevê que as notas podem ser enviadas em até 24h no caso de não haver conexão com a internet, o modelo paulista não permite o envio tardio.

“O que todos esperam é que o padrão NFC-e seja aceito em SP com todas as funcionalidades previstas nos demais estados”, afirma Silva. Como existem empresas com operações nacionais, exigências diferenciadas entre os estados trariam dificuldades. “Além disso, o padrão NFC-e diminui os custos para o varejo, e ainda possibilita vendas via tablet.”

Tecnologia integrada

Outra tendência relacionada às obrigações fiscais eletrônicas é a integração com os ERPs (sistema integrado de gestão empresarial, na sigla em inglês). Os softwares servem para consolidar a gestão em uma única interface. Assim, as companhias podem usar os dados enviados para o Fisco para alimentar os ERPs.

Nessa lógica, a Config criou este ano uma diretoria dedicada para trabalhar com o sistema integrado da multinacional alemã SAP, uma das líderes mundiais.

O Grupo i9, de tecnologia da informação, que trabalha com o ERP da Microsoft, chamado de Dynamics AX, afirma que 70% dos clientes utilizam soluções fiscais. “Ter uma única fonte de informações, num cenário onde há uma série de obrigações e validações, é essencial para garantir a consistência dos dados”, diz Filipe Mingattos, sócio da i9Pós, uma das empresas do Grupo i9.

Ele afirma que a demanda pelos sistemas integrados vem crescendo muito. Com isso, o grupo expandiu faturamento em cerca de 50% no ano passado, para R$ 30 milhões. A empresa, com 230 colaboradores, espera crescer mais 30% este ano, para chegar aos R$ 40 milhões de faturamento.

Expectativa para 2014

O eSocial, que passou a valer no começo deste mês, é a novidade do ano. Segundo a Receita Federal, trata-se de um projeto que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos empregados. Para as empresas especializadas, a novidade é mais uma oportunidade que amplia a demanda por serviços. “As novas obrigações causam crescimento bem acentuado”, diz o executivo-chefe da KFBC IT Consulting, Alexandre Auler.

A empresa, também da área de gestão de documentos fiscais eletrônicos, espera ampliar o crescimento registrado em 2013, de 35%, para 50% este ano.

Auler afirma que tanto o eSocial quanto a NFC-e “são uma mudança muito forte da paradigma”. Para ele, a nota para o consumidor deve trazer impacto maior no ano que vem. Parte do grupo Invoiceware, que também nasceu em 2008, a KFBC deve expandir neste ano suas linhas de negócios para mais quatro países dentro da América Latina, diz Auler.

Consultoria de contabilidade avança 100%
Também influenciada pelas crescentes demandas de envio de documentos pela internet, a KeepTrue, fundada em 2011, espera dobrar de tamanho este ano e atingir R$ 8 milhões de faturamento. Mesmo não atuando no segmento de mensageria – que consiste no envio dos arquivos eletrônicos para os servidores do fisco – a empresa de consultoria vê crescente demanda por serviços de inteligência contábil.

“Nós trabalhamos na prevenção de erros”, diz o executivo-chefe Carlos Kazuo Tomomitsu. Segundo ele, cada tipo de produto, estado da federação e cliente requer regras contábeis específicas. Além disso, com as obrigatoriedades novas, as empresas acabam demandando consultoria.

A atuação da Keeptrue também se relaciona com os sistemas de planejamento integrados (ERPs) e coopera para que os arquivos fiscais eletrônicos sejam consistentes com as exigências da legislação tributária. “Uma grande preocupação é verificar integridade do conteúdo. Ao receber os arquivos dos fornecedores, pode haver inconsistência e o governo pode autuar.”

Segundo Kazuo, muitos de seus clientes são os próprios escritórios de contabilidade, além de empresas como Carrefour e Leroy Merlin. “Devemos estar processando cerca de 3.000 CNPJs, no total.”

Fonte: DCI – SP

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Previsões para a NFC-e em 2014

Lançada em novembro do ano passado, a nota fiscal eletrônica para consumidor (NFC-e) promete engrenar mesmo em 2014. Ao menos esta é a expectativa da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz).

Atualmente, cerca de doze empresas já adotaram a tecnologia, que dispensa a impressão de notas e faz a autenticação dos dados em tempo real, com pontos de venda conectados aos servidores da Sefaz.

Por enquanto, a nova tecnologia ainda é opcional para as empresas. O início da NFC-e no estado se deu com um piloto de março a setembro de 2013, em lojas como Panvel, Zaffari, Renner, Riachuelo, Wal-Mart e Paquetá, que experimentaram a novidade em algumas de suas unidades.

Segundo dados da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), que realizou em Porto Alegre nesta quarta-feira, 15, um evento sobre o assunto, o comércio varejista em geral deverá investir cerca de R$ 1 bilhão no ano que vem para se adequar à NFC-e.

De acordo com a Afrac, varejistas que já contam com pontos de venda automatizados devem gastar cerca de R$ 2,5 mil para aderir à nova tecnologia.

É por isso que o governo estadual está traçando um rollout para a obrigatoriedade da NFC-e. De acordo com Vinícius Freitas, coordenador do projeto NFC-e na Sefaz-RS, o cronograma para a adoção obrigatória da tecnologia está em minuta, e deve ser definido até o fim do mês.

“Faremos esta mudança em sete fases. Dividimos as empresas em grupos, classificando-as por tamanho e faturamento. Estimamos para setembro o início da obrigatoriedade para o primeiro grupo”, explica o coordenador.

Segundo Freitas, o cronograma vai até 2016. O plano da secretaria é que em 2018 todo o varejo já esteja operando dentro do sistema da nota fiscal eletrônica, abolindo o uso de impressoras fiscais.

“Acreditamos que o uso da NFC-e crescerá bastante, mesmo antes da obrigatoriedade. Desde novembro, já emitimos cerca de 183 mil notas eletrônicas, 45,5 mil delas somente em dezembro”, observa.

NFC-E

O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros estados do país a colocar em ação o projeto da NFC-e, se juntando a outros estados já participantes, como Amazonas, estado onde foi emitida a primeira nota fiscal do tipo em 2012, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A partir do primeiro semestre de 2014, outros cinco estados também se juntarão ao grupo: Paraíba, Rondônia, Bahia, Distrito Federal e Maranhão.

Atualmente, existem quatro autenticadores online para as notas fiscais ao consumidor. Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Sul possuem seus próprios sistemas. Para todos os outros estados, incluindo os cinco que ainda entrarão na iniciativa, o portal Sefaz Virtual, da Procergs, fará as validações.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Empresas devem buscar tecnologias preparadas para atender ao e-Social

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) trata-se de um conjunto de ferramentas tecnológicas que objetivam a informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. Instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, ele faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. 

Seu início foi marcado pelos projetos de Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital, Nota Fiscal Eletrônica e EFD-Contribuições (antigo PIS-COFINS), e, recentemente, em 17 de Julho de 2013, a Receita Federal anunciou uma novidade, o e-Social, que tem por objetivo a informatização centralizada de todos os dados das áreas Trabalhista e Previdenciária pelo empregador, em relação aos seus empregados. 

Desde o começo do projeto, o e-Social gerou muita ansiedade e chamou a atenção por sua complexidade cultural e organizacional, que é a maior de todos os projetos do SPED, prometendo grande impacto no ambiente corporativo e na sociedade. 

Em geral, o e-Social transporta para o ambiente digital diversas obrigações que já são cumpridas pelas empresas atualmente, como os créditos pagos aos funcionários, as informações previdenciárias, os dados relacionados às retenções de IR, etc. Mas existem novas informações cadastrais sobre os colaboradores que passarão a ser obrigatórias, como, por exemplo, a comunicação dos eventos (ocorrências) de Atestados de Saúde Ocupacional, início e término dos períodos de Estabilidade Provisória, Aviso Prévio, e várias outras. 

Em função dos prazos para enviar estes eventos para a Receita Federal se torna difícil, senão impossível, o hábito de 'dar um jeitinho' nas coisas, exigindo mais planejamento e profissionalismo por parte das organizações. O e-Social marca então uma nova era das relações de trabalho e subestimar seu impacto social é uma demonstração de amadorismo. 

Antes da publicação do e-Social, muito se falava sobre a necessidade de as empresas se prepararem para a novidade, mas como a Receita Federal do Brasil ainda não havia comunicado seu conteúdo, havia dúvidas de como fazer essa preparação. Com a publicação do layout em Julho de 2013 – decretando o mês de Janeiro de 2014 como prazo final para que as empresas se adequassem, que depois foi postergado para Abril de 2014, deu-se início a uma grande busca do mercado por tecnologias que viabilizassem essa adoção.  

As organizações, principalmente as de pequeno e médio porte, que muitas vezes não possuem uma equipe interna de RH e que necessitam enviar suas ocorrências de pessoal (Admissões, Aviso Prévio, Férias, etc.) para seus escritórios de contabilidade, têm pela frente um grande desafio. Por isso, é fundamental que essas empresas possam contar com a tecnologia como uma aliada para auxiliar no cumprimento do e-Social. 

Diante deste panorama, as fornecedoras de software têm um grande desafio para adequar suas soluções de modo a atender a essas demandas. Para cumprir com as exigências de forma eficiente, é ideal que as empresas de soluções de gestão empresarial tenham uma equipe completa dedicada inteiramente ao projeto, para desenvolver processos de rotina que permitirão gerar os arquivos e-Social. 

Acho que muitas empresas ainda não compreenderam a exata dimensão das mudanças que estão por vir e que afetarão profundamente a área de Recursos Humanos. Mas, a tendência é que no médio e longo prazo, haverá um panorama mais padronizado e desburocratizado para todos os processos da área trabalhista e previdenciária, o que será melhor para toda a sociedade. 

Fonte: artigo de Ricardo Knychala Segger,  especialista em Recursos Humanos e gerente de Produtos de RH na Sankhya.